Belmonte
Terra de Pedro Álvares Cabral, situada em plena Cova da Beira e com ampla vista sobre a encosta oriental da Serra da Estrela, a vila de Belmonte justifica plenamente as características que lhe terão dado o nome. Diz a tradição que o nome Belmonte provém do lugar onde a Vila se ergue (monte belo ou belo monte). Porém, há quem lhe atribua a origem de “belli monte” – monte de guerra. Terra solarenga, de boas gentes, paisagens sem fim e uma história de séculos.
História
A nossa história o seu tempo
A história de Belmonte surge, normalmente, associada à história dos Cabrais e dos Judeus. Foi terra natal de Pedro Álvares Cabral, o navegador, que no ano de 1500 comandou a segunda armada à India, durante a qual se descobriu oficialmente o Brasil.
A presença humana no atual concelho de Belmonte está comprovada desde as épocas mais remotas. A Anta de Caria, os Castros de Caria e da Chandeirinha certificam a longevidade da fixação na pré e proto-história. A presença romana é também evidente pelos testemunhos da Torre Centum Cellas ou pela Villa da Quinta da Fórnea, pontos de passagem da via que ligava Mérida à Guarda.
Na Idade Média Belmonte surge-nos, primeiramente, ligado à história do concelho da Covilhã, concretamente, no foral concedido em 1186 por D. Sancho I. Mas, em 1199, de acordo com a sua política de povoamento e reforço da defesa fronteiriça, o mesmo rei concedeu foral a Belmonte ficando esta até 1385 sob jurisdição da Covilhã.
No século XIII, a vila encontrava-se já em franco desenvolvimento justificando a existência de duas Igrejas - a de São Tiago e de Santa Maria (perto do velho cemitério, junto ao Castelo) e de uma Sinagoga.
Embora pertencendo à Coroa, o Castelo de Belmonte era administrado por um alcaide local e já desde 1398 que este cargo estava ligado aos Cabrais.
O primeiro alcaide foi Luís Alvares Cabral. Fernão Cabral, pai de Pedro Alvares Cabral, foi o primeiro alcaide-mor. Com ele se iniciou, no século XV, a época de maior destaque do Castelo e de Belmonte. Em 1510 D. Manuel I concedeu a Belmonte nova carta de foral. Nessa altura a comunidade de Belmonte era essencialmente rural, dependente da pecuária e da agricultura. A presença de Judeus favoreceu também a existência de algum comércio.
Na primeira metade do século XVI o Concelho de Belmonte tinha "de termo duas léguas em longo e uma de largura" sendo a vila que na comarca de Castelo Branco tinha a maior densidade populacional em vizinhos a seguir à Atalaia. Em meados do século XVIII a população de Belmonte contava já com cerca de 1416 habitantes.
Em 1811 estava judicialmente anexa a Sortelha (que tinha Juiz de Fora) na Comarca, Provedoria e Diocese de Castelo Branco. E, em 1842 pertencia ao Distrito Administrativo da Guarda.
Com a reforma administrativa de 1855, o Concelho de Belmonte foi alargado pela incorporação de Caria.
Mas a 7 de Dezembro de 1895 este concelho foi extinto, tendo as suas freguesias sido anexadas à Covilhã. Apenas três anos depois foi restaurado o Concelho de Belmonte.
O que ver

Antigos Paços de Concelho
No Largo do Pelourinho, destaca-se o antigo Paço do Concelho, documentado desde o século XV. Trata-se de um edifício de planta retangular simples, de volumes escalonados com disposição horizontal, cortada pela torre. No século XIX, por altura das Invasões Francesas, Junot mandou picar as pedras de armas presentes no edifício, por Belmonte não se ter rendido.

Capelas de Santo António e do Calvário
As Capelas de Santo António e do Calvário são um conjunto formado por dois pequenos edifícios, localizados próximo do castelo e da Igreja de Santiago. A primeira parece ser a mais antiga, tendo a sua construção ocorrido no século XV. Nesta é possível observar um brasão com as armas das famílias Queiroz, Gouveia e Cabral. Do seu espólio fazem parte duas imagens em madeira, uma do Espírito Santo e outra de Santo António, esta última, proveniente do extinto convento franciscano de Nossa Senhora da Esperança em Belmonte. A capela do Calvário data do século XIX e apresenta planta longitudinal simples. Fachada em alvenaria aparente de granito. Acede-se à porta principal através de cinco degraus, encontrando-se esta decorada com os instrumentos da Paixão de Cristo (escadas, lança, vara do vinagre, turquês, martelo e coroa de espinhos). Trata-se de um exemplo de arquitetura oitocentista religiosa de revivalismo neogótico.

Castelo de Belmonte
É de D. Afonso III a autorização (Guimarães, 3/4/1266), concedida ao bispo D. Egas Fafes, para construir uma torre e castelo em Belmonte, local que já possuía um sistema defensivo. D. Afonso V, em 20/9/1446, doou o castelo a Fernão Cabral para construção da sua residência. No pano de muralha oeste é ainda possível ver janelas panorâmicas e uma janela de estilo manuelino que confirmam a adaptação do castelo para residência, sendo as funções militares do castelo secundarizadas. Em finais do século XVII um violento incêndio consumiu a ala oeste do paço, episódio decisivo para o seu abandono e que levou à instalação da família numa nova residência que se pressupõe que tenha sido a Casa dos Condes, actual Museu dos Descobrimentos. Existem indícios de que ainda durante o século XVII, o castelo de Belmonte tenha ressurgido com a sua função militar primitiva, sendo-lhe então construídos os baluartes a que se refere o Pe. Luís Cardoso em 1751. Certamente que a construção destas estruturas terá resultado das Guerras da Restauração, à semelhança do que ocorreu na Casa da Torre, em Caria, onde ainda hoje se conservam os baluartes seiscentistas. O castelo, com uma área de cerca de 2265 m2, possui um traçado ovalado irregular (com duas portas), com torre de menagem adossada pelo exterior no ângulo sudoeste, e edifício anexo adossado pelo exterior junto à porta principal de entrada (a sul), dos séculos XVIII-XIX. Como já referido, intramuros e no pano de muralha oeste, são visíveis vestígios da transformação em Solar da família Cabral. No interior é ainda possível observar um poço. O imóvel foi declarado como Monumento Nacional por Decreto publicado em 15 de Outubro de 1927. Em 1992, foi afeto ao na altura IPPAR, tendo sido erguido no seu interior, um anfiteatro, destinado à apresentação de espetáculos. Entre 1992 e 1994 foram procedidos trabalhos de prospeção arqueológica no interior do castelo, comprovando a presença romana e, entre 1994 e 1995, no interior da torre de menagem. Atualmente o monumento encontra-se aberto ao público, estando a torre de menagem musealizada com material arqueológico recolhido nas escavações arqueológicas.

Centum Cellas
A Torre de Centum Cellas, situada em Colmeal da Torre, é talvez o monumento mais enigmático do Concelho, cuja funcionalidade tem dado lugar a diversas interpretações, ao longo dos anos, por diversos investigadores; templo, prisão, praetorium de um acampamento romano, mansio ou mutatio (albergaria para descanso dos viajantes), villa romana. De acordo com os estudos feitos após as escavações efetuadas na década de 90, seria uma vila romana do Século I d.C., propriedade de Lucius Caecilius e dos seus descendentes que se dedicariam à exploração agrícola e de estanho que abundava nesta Região. A Torre compunha-se de dois andares. No local, são visíveis vestígios de outras estruturas.

Ecomuseu do Zêzere
Localizado na Rua Pedro Álvares Cabral, o Ecomuseu do Zêzere está instalado na antiga Tulha dos Cabrais. Trata-se de um museu com função didática e pedagógica, em que, troço a troço, acompanhamos o percurso do rio Zêzere, desde a sua nascente até à foz. Da apresentação de cada troço constam os elementos da fauna e flora que são mais característicos. Possui sala de exposições temporárias, onde ocorrem frequentemente exposições.
Onde dormir

Belmonte Sinai Hotel
Alojamento O hotel dispõe de 27 quartos, sendo 2 suites familiares e 1 quarto está adaptado a clientes com mobilidade condicionada. O Belmonte Sinai Hotel está equipado com 7 quartos com cama de casal e 20 quartos twin (com duas camas). O quarto dispõe de ar condicionado, fechadura electrónica de segurança, televisão com canais por cabo mesa de trabalho com telefone e internet grátis. Todos os quartos tem a possibilidade de colocação de cama extra. Casa de banho equipada com chuveiro, secador de cabelo e amenities. Localização O Belmonte Sinai Hotel está localizado no centro da vila de Belmonte, permitindo o fácil acesso a pé aos diversos museus (Judaico, Descobrimentos, Azeite e Ecomuseu do Zêzere), e aos pontos de maior interesse histórico como o Castelo, Igreja de Santiago e a Sinagoga (BET ELIAHU).

Casa Abraão
Para os visitantes que desejam desfrutar das vistas e da sonoridade de Belmonte, Casa Abraão é a escolha correta. A partir daqui, hóspedes podem desfrutar do fácil acesso a tudo o que a animada cidade oferece. Com sua localização conveniente, o hotel oferece acesso fácil para os destinos imperdível da cidade. Tire vantagem de uma variedade de serviços e cortesias nesta casa de Belmonte. Para mencionar algumas das facilidades da casa, há parque de estacionamento, wi-fi nos espaços públicos, animais permitidos. Todas as acomodações dos hóspedes dispõem de amenidas para assegurar uma inigualável sensação de conforto. Além disso, o anfitrião de ofertas recreativas da casa garante que você tenha muita coisa para fazer durante sua estadia.

Casa Miriam
Localizado numa das Aldeias Históricas de Portugal, em Belmonte, a Casa Miriam é uma casa de férias em estilo rústico com 1 quarto. Esta acomodação permite animais de estimação e disponibiliza acesso à Internet por cabo. Todas as acomodações dos hóspedes dispõem de amenidas para assegurar uma inigualável sensação de conforto. Além disso, o anfitrião de ofertas recreativas da casa garante que você tenha muita coisa para fazer durante sua estadia.

Quinta da Ribeira
A Quinta da Ribeira está situada numa zona rural, com paredes de pedra exposta e uma sensação rústica única, a 3 km a leste da Aldeia Histórica de Belmonte. Possui uma piscina de superfície sazonal, comodidades para churrascos e um parque infantil. A Quinta da Ribeira inclui um quarto duplo com casa de banho privativa e um estúdio com área de refeições e uma kitchenette equipada com um pequeno frigorífico, micro-ondas e utensílios de cozinha. Ambas as acomodações têm aquecimento, uma televisão de ecrã plano e vista para o jardim. A propriedade possui uma ampla área lounge com lareira e ar condicionado, uma área de leitura, bilhar, jogos de tabuleiro, televisão por satélite e acesso Wi-Fi. Este lounge tem ligação direta com o pátio interior, onde os hóspedes poderão relaxar. A cerca de 5 minutos de carro, os hóspedes encontrarão vários restaurantes locais tradicionais. As atividades na área incluem caminhadas e ciclismo. A monumental Serra da Estrela fica a 15 km e as cidades da Guarda e Covilhã estão a 20 km. A Aldeia Histórica de Belmonte tem muitos museus únicos e lugares com grande interesse histórico, cultural e religioso.
Planeie a sua viagem
Momentos bem passados
Encontre facilmente o que procura em Belmonte. Utilize o nosso planeador de viagens e não perca tempo. Embarque nesta viagem pela História.