Aldeias Históricas de Portugal

Aldeias

AH Almeida – AH Castelo Rodrigo
Grande Rota Bicicleta

Almeida, Castelo Rodrigo

36.31 km

Almeida

2:55

Lugares de passagem: Malpartida, Almofala, Mata de Lobos, Convento de Sta Maria de Aguiar.

:::AVISO::: Este sector sofreu alterações de traçado na vertente ciclável antes da aldeia da Malpartida, pelo que, deverá seguir o track disponível para download nesta página. Sempre que se aventurar na GR22, aconselhamos a utilização de GPS. Saindo da Aldeia Histórica de Almeida pela ciclovia de circunvalação da muralha, o percurso segue para norte, por terra batida, para atravessar a ribeira das Alvercas e vai por caminhos de pastoreio até chegar à Malpartida. O percurso cruza a EM604 e segue por planícies brindadas pelo voo das rapinas, aproximando-se do rio Tourões, fronteira natural com Espanha. Continua-se em terra batida, por caminhos de pastoreio, com a presença de cancelas, e depois por caminhos de campos agrícolas, atravessando novamente a EM604 próximo da Vermiosa e seguindo para norte entre um retalhado de terrenos. Passa-se o Cruzeiro de Roquilho e volta-se a encontrar o asfalto da EM604 à chegada a Almofala. Continua para norte, pelo empedrado que dá depois lugar a caminho em terra batida e converge para a estrada na direção de Mata de Lobos. Após um pequeno troço de asfalto, o percurso deixa a estrada à direita para seguir novamente em terra batida, atravessando um retalhado de terrenos de plantações e cultivo até passar Mata de Lobos. Daqui o percurso muda tendencialmente de direção. Seguindo agora para oeste, irá atravessar a ribeira de Aguiar para, em conjunto com o Percurso PR3 FCR, subir até à Aldeia Histórica de Castelo Rodrigo, que já nos observa lá do alto, passando pelo Convento de Santa Maria de Aguiar.

Fauna e Flora

_ALMEIDA_ Nesta região o vale do Côa caracteriza-se por uma encosta de granito rasgada por barrocos, com manchas de vinha e searas, mas onde predominam os matos baixos e densos de giesta-branca e onde o rosmaninho e a bela-luz têm uma expressão significativa. Ocorrem ainda alguns aglomerados de estevas associados a metamorfismos do granito deste local. Na avifauna salientamos a mistura de espécies tipicamente de ambientes arbustivos rochosos com outras de ambientes cerealíferos (por exemplo a calhandrinha). A zona do rio Seco é uma área ampla, de declives pouco acentuados onde predomina o giestal, o pinhal e terrenos de pousio, existindo aqui uma mancha significativa de carvalho-negral em estrutura de bocage. Aqui podemos observar espécies como o papa-figos, o milhafre-preto, o estorninho-preto e o chamariz entre outros. _ALMOFALA_ A albufeira da Barragem de Santa Maria de Aguiar convida a uma paragem para usufruir da tranquilidade e das sombras da sua envolvente, dos seus parques de merendas e do seu observatório de aves. Neste aspeto é uma área muito interessante do ponto de vista ornitológico, representando um dos melhores locais da Beira Alta para a observação de aves aquáticas. Aqui é de salientar a presença do Mergulhão-de-crista, do Corvo-marinho-de-faces-brancas, do Pato-real e da Garça-real. Nos campos marginais pode-se observar o Peneireiro-cinzento a caçar. Na envolvente da Capela de Santo André podemos apreciar a magnífica paisagem que o vale do rio Águeda Internacional proporciona. Uma garganta fluvial formada por arribas escarpadas, sendo um dos melhores locais para observar as colónias de abutres e outras aves das escarpas, como a escassa Águia-de-Bonelli. _CASTELO RODRIGO_ Castelo Rodrigo está assente no extremo este da Serra da Marofa, alinhamento que atinge os 977 metros na elevação adjacente. Este ponto mais alto proporciona uma fantástica panorâmica da zona de Riba-Côa, do Alto Douro e da Meseta Ibérica. Trata-se de uma estrutura em sinclinal, formada por cristas quartzíticas do Ordovícico inferior e xistos do Silúrico inferior. Paleontologicamente, é referenciada a presença de icnofósseis do género Cruziana nos quartzitos e fragmentos de Neseuretus sp. nos xistos do Silúrico inferior. O profundo vale do Côa contorna esta serra a oeste e a sul. Nas zonas mais altas e expostas, resistem azinheiras arbustivas e, logo abaixo, surgem os sobreiros. As vertentes mais sombrias abrigam um ou outro castanheiro. Em algumas das suas formações rochosas, encontra o grifo, um abutre, o local ideal para construir o seu ninho.