Aldeias Históricas de Portugal

Aldeias

AH Castelo Novo – AH Idanha-a-Velha

Castelo Novo, Idanha-a-Velha

45.09 km

Castelo Novo

12:30

Lugares de passagem: Atalaia do Campo, Orca, Aldeia de Santa Margarida, Proença-à-Velha

Esta etapa sai de Castelo Novo, seguindo para sul junto à A23 e infletindo para nascente no momento em que cruza por cima da autoestrada. Mais à frente, atravessa a EN18, a linha de comboio e a ponte sobre a ribeira de Alpreade, que a partir daqui acompanha, passando pela Atalaia do Campo. Afasta-se depois, saindo do asfalto à esquerda em direção à aldeia de Orca. Desta localidade, segue em caminhos de terra batida até encontrar a EN239 e a ribeira de Taveiro. Atravessa esta e sai do asfalto à esquerda para a continuar a acompanhar a alguma distância. Sobe até atingir a Aldeia de Santa Margarida. Saindo desta aldeia, o percurso vira à direita junto à Igreja Matriz, contornando depois alguns terrenos agrícolas e cruzando a EN233. Passa ao largo da Ermida de Nª Srª da Granja e continua para sul, em terra batida, em direção a Proença-a-Velha, terra de história e património, onde se pode visitar o Museu do Azeite. Sai da aldeia para nascente, entrando por caminhos florestais. Atravessa o vale do rio Torto e inicia subida até próximo dos 390m, cruzando antes o ribeiro Mourisco. Passa o vértice geodésico Sebastião José e inicia descida para atravessar a ribeira de Rio de Moinhos e seguir paralelo ao rio Ponsul, chegando à Aldeia Histórica de Idanha-a-Velha.

Fauna e Flora

_CASTELO NOVO_ Na planície sobranceira a esta aldeia, perto de Atalaia do Campo, encontramos um mosaico de aproveitamento agrícola dominado pelo olival, mas com manchas de culturas de sequeiro e até com carvalhais. Junto à ribeira de Alpreade surge o amieiro, o salgueiro e o freixo e, apesar da forte presença humana, ocorrem aves como o pardal-montês, o trigueirão ou o cartaxo-comum. Com a aproximação à “concha” serrana, onde se abriga Castelo Novo, encontramos um microclima que possibilita culturas frutícolas, nomeadamente citrinos. Junto à aldeia podemos observar o rabirruivo-preto ou o melro-azul. Esta região está integrada no Geopark Naturtejo pelas curiosas formações geológicas que aqui existem. É também importante salientar a ocorrência da Asphodelus bento-rainhae, uma planta que é um endemismo exclusivo da encosta norte da Serra da Gardunha. _ALDEIA DE SANTA MARGARIDA_ Em torno da Aldeia de Santa Margarida destacam-se as hortas com laranjeiras e nas suas redondezas dominam os declives suaves, os espaços abertos propícios à pastorícia, os olivais e os montados de sobro, onde ocorrem a Pega-azul, o Chapim-real, o Pisco-de-peito-ruivo, a Toutinegra-de-barrete-preto, o Javali e a Raposa. Estão ainda presentes o Carvalho-português, a Azinheira, o Codesso, o Rosmaninho e o Pilriteiro. Os cursos de água, como as ribeiras de Ceife, do Taveiro e das Taliscas, e a sua vegetação ripícola formada por freixos, salgueiros e tamujos, são polos de biodiversidade que albergam lontras, guarda-rios e comunidades de anfíbios (Rã-verde e Rela-meridional) e répteis (Cágado-mediterrânico). Os afloramentos rochosos e os muros encontram-se repletos de líquenes e musgos. _IDANHA-A-VELHA_ Em redor desta Aldeia Histórica ocorre o tamujo, uma espécie vegetal característica dos cursos de água mediterrânicos, e vão surgindo o pardal-espanhol, a pega, a pega-azul, o picanço-real, o trigueirão e o penereiro-cinzento. A partir daqui a paisagem alterna entre o xisto e o granito, proporcionando neste ambiente, quase alentejano, a presença do sobreiro, da azinheira e do carvalho-negral. Junto a Proença-a-Velha pode observar-se a andorinha-dáurica mesmo em meado de outubro e, a partir daqui, entramos em montados de sobro com clareiras, onde o estrato arbustivo é praticamente inexistente e a avifauna se caracteriza por espécies como o rabirruivo-preto, a petinha-dos-prados, o gaio, o abelharuco, etc. Somos ainda brindados com os campos de rosmaninho onde surge a alvéola-branca e a toutinegra-de-barrete-preto.