Casa Romana de Átrio
Idanha-a-Velha
Idanha-a-Velha
Uma moderna estrutura de betão protege parte de uma habitação romana, escavada no âmbito da construção do Arquivo Epigráfico. Trata-se das ruínas de uma vivenda urbana (domus) pertencente a uma família socialmente e economicamente relevante. A casa foi construída nos finais do século I d.C. e virá a conhecer o seu fim com a construção da muralha no século IV. Dela se reconheceu uma parte do peristylum (pátio) e dois cubiculae (quartos), cujas amplas portas abriam para o pátio. Num deles conservam-se os afrescos que o decoraram. No centro do peristylum um tanque central recolhia as águas pluviais permitindo, simultaneamente, a iluminação zenital do interior. Nos seus cantos umas colunas, conservadas no local, suportariam o vigamento da cobertura dos corredores deste pátio. Neste tipo de habitação, o pátio constituía o centro da vida doméstica, mas também, o lugar de recepção e aparato, onde o dominus (o dono da casa) recebia a sua clientela.