Aldeias Históricas de Portugal

Villages

Linhares da Beira

Village médiéval du 12e siècle, Linhares da Beira possède une diversité architecturale unique, héritée de différentes époques. En 1169, il a reçu sa première charte, octroyée par D. Afonso Henriques. Mais c’est plus tard, sous le règne de Dinis, que son imposant château est construit ; c’est aujourd’hui le plus important monument du village, et celui qui l’a rendu célèbre. Déambuler dans les rues de ce village musée équivaut à faire une incursion dans le passé, son histoire et sentir la brise de la Vallée du Mondego nous caresser le visage.

L'histoire

Notre histoire votre temps

Vila de fundação medieval, com foral concedido em 1169 por D. Afonso Henriques, que, em 1855 perde este estatuto com a reforma administrativa liberal. Apesar do local ter conhecido a fixação de povos pré-romanos e existir registo escrito da passagem de romanos, visigodos e muçulmanos, a história de Linhares, tem origem no contexto gerado com a reconquista Cristã. Estabilizadas as fronteiras do reino português, Linhares continuou a ter significado estratégico pelo menos até ao século XVII, pois fazia parte do sistema defensivo que guardava a Bacia do Mondego, na retaguarda das fortificações da raia beirã.

A estrutura de ocupação do espaço da antiga vila de Linhares conjuga assim um tipo característico de povoamento medieval (séculos XII-XIV), com desenvolvimentos significativos no período quinhentista (século XVI). Nesta centúria a vila terá atingido uma configuração próxima da atual, ainda que no património edificado pesem, pelo impacto no tecido urbano, algumas construções mais tardias (séculos XVII-XIX).

O castelo, implantado num cabeço rochoso a cerca de 820 m de altitude e dominando o Vale do Mondego, constitui o núcleo gerador do aglomerado. Na encosta, sobranceira à várzea de Linhares e cruzada por antiga via romana, estendeu-se a povoação: o sistema fortificado, entregue a um alcaide e dispondo de pequena guarnição militar, defendia um território bem como a sua população e bens; o foral, concedido pelo Rei, prescrevia a autonomia concelhia e organizava a vida económica e social do povoado; a Igreja estabeleceu as paróquias.

A vila descreve, no sopé do Castelo, um perímetro triangular, em cujos vértices se situam três espaços ordenadores da malha urbana: o Lg. da Misericórdia, à entrada da povoação; o Lg. de S. Pedro, na zona denominada “Cimo da Vila”; e o Lg. da Igreja, próximo do Castelo e no acesso ao Campo da Corredoura, terreno de usufruto comum. Estes largos definiram-se em torno de igrejas – hoje desaparecida a de S. Pedro – e constituíam o centro das paróquias de fundação medieval. Na base do triângulo e no ponto oposto à Matriz, localiza-se o Lg. do Pelourinho, outrora o centro cívico da Vila.

Da assistência ao peregrino, pobres e doentes sobra-nos o edifício do Lg. da Misericórdia, que acolheu duas instituições típicas da sociedade medieval e moderna – a Albergaria e o Hospital. Também do abastecimento de água, temos para observar três fontes dos séculos XII, XVI e XIX. Além da casa tradicional e popular disseminada por toda a vila, contam-se as casas nobres dos séculos XVIII-XIX, destacando-se janelas e portas decoradas ao gosto Manuelino (século XVI), quase sempre moradias de proprietários agrícolas mais abastados ou da burguesia local ligada ao comércio. Entre estes encontrava-se a comunidade judaica, minoria étnica e religiosa obrigada a viver apartada da comunidade cristã e cujo bairro – judiaria – se situava numa transversal à Rua Direita: sobre a porta de acesso ao bairro (Arco) figura uma das mais elaboradas janelas manuelinas de Linhares.

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