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Pueblos Históricos de Portugal
COLABORAÇÃO DA REDE DAS ALDEIAS HISTÓRICAS DE PORTUGAL COM A ACADEMIA
A Rede das Aldeias Históricas de Portugal (RAHP) abarca um vasto território situado entre Douro e Tejo, único e genuíno, fruto da sua robusta identidade material, geográfica e social que o diferencia e valoriza, cujos atributos serviram de mote para o desenvolvimento de uma abordagem de trabalho que reclama o princípio da Estratégia de Eficiência Coletiva (EEC) como corolário do movimento participativo e colaborativo em prol do desenvolvimento sustentável da Rede, centrando-se a atenção nas pessoas independentemente da sua condição ou papel neste ecossistema mais vasto.
No atual contexto, a valorização dos territórios de baixa densidade assume especial relevância, reposicionando-os como laboratórios vivos de inovação territorial. A RAHP tem vindo a capitalizar os seus ativos endógenos, convertendo fatores estruturais em vantagens competitivas, afirmando-se como referência nacional e internacional em práticas sustentáveis e modelos integrados de desenvolvimento.
O turismo, enquanto motor económico, consolidou-se como vetor estratégico da Rede, impulsionando a criação de valor e afirmando a RAHP como referência em experimentação e inovação. A Estratégia de Eficiência Coletiva (EEC) AHP 2030 define quatro domínios prioritários: Turismo Sustentável, Indústrias Culturais e Criativas, Biodiversidade/Agricultura Sustentável e Construção/Renovação Sustentável. Esta estratégia está alinhada com os 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), promovendo a investigação científica, a valorização patrimonial e a participação cívica. Assim, a Rede AHP revê-se plenamente na adoção e implementação dos ODS, entre eles, aqueles que integram na sua genética o fortalecimento da investigação científica (9. Indústria, inovação e infraestruturas) como fórmula de construção de um ordenamento urbanístico participativo, integrado e sustentável, fortalecendo os esforços para proteger o património cultural e natural deste território, alicerçado no diálogo e participação da sociedade civil (11. Cidades e comunidades sustentáveis), resultando em dinâmicas potenciadoras da implementação de projetos/iniciativas nestes âmbitos.
Sob este desiderato implementou-se na Rede AHP uma forte e estruturada relação com a academia, devidamente protocolado, promovendo a interligação entre o território e o domínio científico.
Âmbito da cooperação:
Desígnio de aproximar o Sistema Científico com as entidades de base territorial, por via de uma abordagem colaborativa, em que as partes assumem alocar os recursos de que dispõem dentro das suas áreas de competência para fomentar processos de desenvolvimento local e uma academia mais próxima do cidadão, sustentada por uma ação de interesse biunívoco.
Objetivos:
- Contribuir para a aproximação do Sistema Científico das comunidades, tecido empresarial e agentes públicos;
- Contribuir para espoletar o interesse dos estudantes de diferentes níveis académicos para as oportunidades de investigação, trabalho e de empreendedorismo nos territórios de baixa densidade, na senda de que a fixação de talento possa estimular o crescimento demográfico e o combate ao duplo envelhecimento;
- Fomentar processos de inovação ancorados nos recursos endógenos e conectados com os eixos de especialização inteligente da EEC AHP 2030, a saber: Turismo Sustentável, Indústrias Culturais e Criativa, Biodiversidade/Agricultura Sustentável, Renovação/Construção Sustentável;
- Fomentar processos de aprendizagem dentro de uma abordagem Placed Based Education (aproximação à comunidade) e Project Based Learning (learning by doing), o que se reflete numa mais-valia para todas as partes envolvidas no processo de formação académica;
- Contribuir para a identificação de soluções dentro de um campo experimental em que a Rede Aldeias Históricas de Portugal assume caráter de Hub de Experimentação, nas áreas que a Universidade poderá corresponder em linha com os seus eixos de especialização inteligente;
- Contribuir para a valorização do processo formativo e de inclusão no campo das oportunidades nesta relação entre Academia e Território.