Aldeias Históricas de Portugal

Aldeias

AH Marialva – AH Trancoso
Grande Rota Walking

Marialva, Trancoso

29.3 km

Marialva

8:45

Lugares de passagem: Rabaçal, Esporões, Moreira de Rei, Castaíde

Marialva é a aldeia mais a norte da GR22 – Grande Rota das Aldeias Históricas de Portugal e o percurso ruma agora a sul, descendo à devesa desta Aldeia Histórica onde deixa a etapa anterior. Seguindo em terra batida, atravessa a ponte da ribeira de Marialva e dirige-se ao Rabaçal, agora tendencialmente para oeste, subindo até à localidade de Esporões. Após atravessar esta povoação, segue por estradas florestais, que progressivamente se transformam em caminhos agrícolas ao se aproximar de Moreira de Rei e das suas curiosas formações graníticas. Daqui, e já em conjunto com o percurso “Guardiões do Planalto”, esta etapa continua para sul até Castaíde, onde encontra o vale Azedo, que acompanha até iniciar a subida final para a Aldeia Histórica de Trancoso.

Fauna e Flora

_MARIALVA_ À saída de Marialva deparamo-nos com uma zona agrícola com grande densidade de aves entre as quais se salienta a escrevedeira-de-garganta-preta, o estorninho-preto e a poupa que, mantendo-se aqui no inverno, comprova o caráter mediterrâneo desta área. Já mais perto do rio podemos ainda encontrar exemplares de zimbros, de zelha e de cornalheira, tão característicos dos ambientes durienses. Nas encostas do Côa a paisagem caracteriza-se por ser um vale encaixado entre fragas de granito. No rio ocorrem espécies como a rã-verde, o tritão-marmorado, a cobra-de-água-viperina e a lontra, mas voando por cima de nós encontramos a andorinha-das-rochas e a andorinha-dáurica, enquanto ouvimos no meio dos giestais o cantar das felosas e das toutinegras. _TRANCOSO_ Os planaltos junto a Trancoso caracterizam-se por serem rodeados de elevações, que ora são de formações rochosas, ora são cobertas por pinhal, onde podemos encontrar uma das formações agrícolas mais curiosas desta região: os campos fechados por sebes arbóreas, neste caso essencialmente constituídas por carvalho-negral. O vale da Muxagata é agricultado em toda a sua extensão, sendo ladeado por amieiros. Mas dos pinhais e giestais sobranceiros chegam sons de gralhas-pretas e do peto-verde. Ao longo dos caminhos e dos lameiros surgem as sebes vivas na forma de pilriteiro ou até trovisco-fêmea. Junto à ribeira podemos observar espécies como o pintaroxo, o pintassilgo, o cartaxo, a rola, o melro-preto, entre outros. Por outro lado, mais no cimo do vale, ao aproximarmo-nos de ambientes serranos, poderemos encontrar a águia-de-asa-redonda ou o picanço-real.